quarta-feira, 31 de julho de 2013

A EscaLa de ScoVille...

Escala de Scoville é usada para medir o grau de ardência das plantas Capsicum , como as pimentas ou malaguetas.

Em 1912, enquanto trabalhava para uma farmacêutica, o farmacêutico Wilbur Scovil desenvolveu um método para medir o "grau de calor" das pimentas.Este teste é chamado de Teste Organoléptico de Scoville ou Procedimento de Diluição e Prova. No teste original, Scoville misturou a pimenta pura com uma solução de água com açúcar. Então, um painel de provadores bebeu esta solução. Quanto mais solução de água e açúcar é necessária para diluir uma pimenta, mais alta sua pungência.Depois disso, o método foi melhorado e foram criadas as unidades de Scoville. Assim, 1 xícara de pimenta que equivale a 1000 xícaras de água, corresponde a 1 unidade na escala de Scoville. A substância Capsaicina,aquela que gera a ardência nas pimentas, quando pura equivale a 15 milhões de unidades Scoville. Portanto,o poder da pimenta é medido nesta escala. Por exemplo, a pimenta mexicana Habanero chega a 300 mil unidades Scoville. Uma pimenta "Red Savina Habanero", uma espécie modificada, chega a 577 mil unidades e a Tezpur indiana chega a 877 mil unidades.

e A cozinHa AfRo-BaIaNa...

Já é por demais conhecida, a história da escravidão, do tráfico africano, e da
contribuição dos diversos grupos de origem africana no Brasil. Dentre essas contribuições
destacamos a culinária. Data de finais do século XVIII a citação mais antiga nas ruas de
iguarias que mais tarde irão compor a chamada ¨cozinha afro-baiana¨, entendida como
¨aquele onde a mão africana se fez sentir profundamente¨ fazendo uso das palavras de
Manuel Querino, em seu trabalho: A cozinha Africana no Brasil. (QUERINO, 1957)
A Carta de Vilhena publicada no final do século XVIII mostra alimentos de influência
indígena, além de doces portugueses feitos por mãos africanas. Nesse sentido, pode-se
reafirmar que africanos desde de cedo aprenderam criar e recriar, enriquecendo esta
¨gastronomia¨ de sabores.
Não deixa de ser digno de reparo ver que das casas mais opulentas desta cidade,
onde andam os contratos e negociações de maior porte, saem oito, dez e mais
negros a vender pelas ruas, a pregão, as coisas mais insignificantes e vis: como
sejam, mocotós, isto é mãos de vaca, carurus, vatapás, mingaus, pamonhas,
canjicas, isto é, papas de milho, acassás, acarajés, abarás, arroz de coco, feijão
de coco, angus, pão-de-ló de arroz, o mesmo de milho, roletes de cana,
queimados, isto é, rebuçados a oito por um vintém e doces de infinitas qualidades.
(VILHENA, 1969, p.130, grifo nosso)
Na carta de Vilhena é notado que há uma imensa variedade de produtos feitos
pelas mãos africanas e dentre elas, preparações em que o azeite de dendê não está
presente. Nesse sentido, pode-se concluir que o africano dominou outras técnicas
gastronômicas, e nesse momento ele passou a influenciar essa cozinha. Na atualidade,
alguns desses pratos vem resistindo às transformações impostas pelo tempo. Ainda é
comum, por exemplo ver nas ruas de Salvador mulheres e homens vendedores de
mingaus, pamonhas, acarajés, abarás, cocadas, dentre outros.
Hildelgardes Vianna muito bem caracterizou esse cenário do século XX, falando
nas mulheres de gamela, vendendo fato de boi e peixe. Mulheres de tabuleiro, mercando
cuscuz, cocada, mingau, bolo; mulheres de balaio ou ganhadeiras, negociando pão,
verduras, produtos da Costa da África. (VIANNA, 1969, p. 201-202).
A descrição de Vianna denota outras comidas que a mão africana se fez presente,
sem a utilização do azeite de dendê.
O professor Guilherme Radel em seus estudos culinários sobre a culinária
regionalista também faz menção a influência africana na cidade de Salvador.
A cozinha africana da Bahia nasceu nos fogões a lenha das casas senhoriais,
manipuladas pelas mucamas. As cunhãs já tinham adaptado as comidas
portuguesas ás condições locais, aos ingredientes encontrados na Bahia. As
mucamas, aos substituírem as cunhãs, introduziram pouco à pouco, a prática
africana nas cozinhas das senhora.[...] fazendo uso da farinha de mandioca, do fubá
de miilho, do dendê, da pimenta, da castanha do caju, do amendoim torrado, do
camarão seco, do feijão fradinho, da banana-da-terra, do quiabo, continuando,
contudo a usar o alho, a cebola, o coentro, o limão. (RADEL, 2006, p.14-15)
É interessante notar algumas receitas publicadas por Radel, comidas cotidianas,
popularizadas pelas mãos dos africanos ou descendentes, umas esquecidas pelo tempo
como o Curu, fubá de amendoim, amoda, mingau azedo de milho.
Kátia Mattoso tem uma obra baseada na economia da cidade de Salvador, fazendo
pouca menção sobre os hábitos alimentares no século XIX. No entanto ela chama
atenção que a rua era lugar de comer e beber. Mattoso traz a descrição de pratos como
como a canjica, mingau de tapioca, ¨acaçás bem quentes¨ de farinha de arroz e de milho,
arroz com carne-seca, inhame cozido etc. ( MATTOSO, 1978, p. 165) Todos eles onde o
azeite de dendê não se faz presente.
Ao falar de uma cozinha africana da Bahia retoma a ideia de uma cozinha em que
africanos criaram ou influenciaram no Brasil com técnicas e costumes, e até mesmo
introdução de novos ingredientes em uma preparação já existente.
Para o professor Vivaldo da Costa Lima, as práticas do candomblé influenciaram
diretamente no processo de afirmação dessa culinária afro-baiana, isso expressa a ideia
de que essas cozinhas se diferenciam. Todavia não podemos confundi-la com a chamada
cozinha ritual, ou cozinha votiva, ou cozinha de santo, ou cozinha sacrificial dos terreiros
de candomblé como demonstra o professor Vilson Caetano de Sousa Junior no livro O
Banquete Sagrado. É certo que essa cozinha ritual influenciou a chamada cozinha afrobaiana.
Nesse tempo foram recriadas muitas das comidas cotidianas dos homens e dos
santos. Pois que os santos comem o que os homens comem. E as comidas mais
elaboradas das festas, das celebrações votivas. Esse foi o tempo do cozinheiro e da
cozinheira escravos, que reproduziam o cardápio basicamente português, mas já
substituindo, trocando ingredientes, colorindo os ensopados com o vermelho do
dendê, inventando variedades de moquecas; usando o inhame, a banana cozida ou
frita no azeite; recriando o caruru, o vatapá. Pratos novos com um sabor antigo -
que era o deles - e um gosto novo - que eles aprendiam.¨( FERNANDES, 2001,
p. 22)
Outra hipótese do professor Vivaldo da Costa Lima é que a presença expressiva e a
fixação de alguns grupos africanos oriundos da mesma região, estabelecidos na Bahia
teria ajudado numa maior ou menos predominância e manutenção de certas tradições
culinárias.
É importante observar que a cozinha afro-baiana ganhou visibilidade ao ser descrita e
observada nas ruas, onde de fato, “homens e mulheres negras transitaram nas cidades
com gamelas e tabuleiros, verdadeiros altares andantes, onde iguarias africanas
alternavam-se o tempo todo com outras” (SOUSA.JUNIOR, 2011, p. 44). Quando se fala
em iguarias africanas, não quer se dizer que foram comidas tais como as que podem ser
encontradas na África, mas comidas feitas aqui na Bahia, comidas que foram recriadas a
partir de outros elementos e técnicas encontradas aqui.
Gilberto Freyre vai mais além, ao observar que os escravos comercializavam
produtos de todo tipo, como vegetais, peixes, comidas prontas, dentre outros: ¨Os negros
e pretas chamados de ganhos serviram para tudo no Brasil: [...] bolo, cuscuz, manga,
banana... ¨ (FREYRE, 2003, p. 537).
Isso resultou na chamada cozinha afro-baiana inspirada por uma cozinha africana
compreendida como um conjunto de técnicas e valores que foram utilizados no
desencadear de receitas culinárias pelos africanos. Como afirma Portela:
“a vinda dos africanos proporcionou, ao mesmo tempo, a transformação da culinária
original da África e o surgimento de uma gastronomia brasileira definitivamente
atrelada à cultura negra.”(PORTELA, 2007, p. 19)
Em outras palavras, ao referirmos à cozinha africana no Brasil, estamos longe de
pensar nesta como uma cópia de iguarias deste continente.
Muitas comidas que eram encontradas nas ruas não resistiram as invenções e
modos de preparar. A introdução de temperos como o pimentão, o tomate, o amendoim, a
castanha de caju comprovam ao mesmo tempo que elas se modificaram a partir dos
novos gostos. É interessante perceber como algumas dessas comidas foram se
modificando, simbolizando o comércio que na maioria das vezes representou a ascenção
dos descendentes de africanos. Na atualidade, o chamado processo de globalização e a
industria de alimentos fizeram com que algumas dessas comidas se modificassem e se
transformassem, como uma especié de releitura de sabores menos intensos e as vezes
mais marcantes. No entanto, as modificações no gosto não tiram o mérito dessa cozinha
que sobressaiu de uma especie de trilogia de culturas e se tornou símbolo de
indentificação cultural do baiano.
Nas ruas de cidades como Salvador, podemos encontrar algumas comidas como
pamonhas, mingaus, cuscuz de tapioca, mungunzá, cuscuz de milho, cuscuz de carimã,
alguns tipos de bolos, sem falar em algumas casas que conservam a tradição das
saborosas frigideiras, pratos todos estes onde o azeite de dendê esta ausente, mas a
mão africana com suas técnicas e práticas, maneiras, jeitos e modos de fazer, fazem-se
sentir profudamente. Em outras palavras, a técnica, o nome, um tempero fazem com que
muitas comidas de procedência diversa possam ser caracterizadas como provinientes ou
originadas da ¨África¨, entendida como algo mítico reiventado no Brasil.
Essa cozinha marcadamente africana - tanto nos elementos constitutivos como nas
técnicas do preparo e na terminologia correspondente - está presente não só na
comida cotidiana do povo - por alguns de seus pratos mais 'ligeiros', ou 'secos' -,
mas também nas celebrações e nas festas populares, na hospitalidade ocasional a
visitantes 'de fora', nos almoços e jantares comemorativos e nos restaurantes
turísticos da comida chamada curiosamente de "típica".(FERNANDES, 2001, p. 22)
Manuel Querino em: A arte culinária na Bahia no ano de 1957 nos coloca diante de
um universo que o próprio autor chamou de sistema alimentar da Bahia. Manuel Querino,
descedente de africano, escritor no iníco do século XX, era profudamente conhecedor de
sua cultura de origem. Ao lado de iguarias onde o azeite de dendê também chamado de
azeite de cheiro é um dos ingredientes essenciais. Querino traz também notícias sobre
pratos como o feijão de leite, escaldado de peixe, frigideira de camarões e até mesmo os
afamados sarapatéis, feijoadas e mocotós. Todos eles elaborados de uma forma ou de
outra com a participação do elemento africano.
Darwin Brandão no livro: A cozinha baiana, no capítulo A tradição está nos
conventos, no ano de 1948 descreve que a negra cozinheira dividiu as honras com o
azeite de oliva e o azeite de dendê, ela também misturou o quiabo ao nabos, ao grão-debico,
aos pepinos, e as berinjelas, e ao maxixe. O autor fala de uma cozinha mista,
portuguesa e africana, ainda mais africana porque era a negra quem cozinhava.
O professor Ericlivaldo veiga em sua tese de doutorado intitulada : A cozinha
baiana do restaurante escola do SENAC do pelourinho – Bahia: Mudança de contexto e
autores, nos trás um caderno de receitas onde aparece o feijão de leite, a feijoada, a
quiabada, o quibebe entre outras. Exemplos de pratos elaborados a partir dos ¨africanos¨
onde o dendê esta ausente:
Ingredientes:
Feijão de Leite
1 ½ de feijão mulatinho
200 g de açúcar
300 ml de leite de coco
Sal à gosto
Modo de preparar:
Cozinhe o feijão e passe no liquidificador com o leite de coco, açúcar
e sal. Coloque para ferver.
Rendimento 15 porções ( VEIGA, 2002)
Sobre a quiabada ele descreve:
Quiabada
Ingredientes:
2 kg de quiabo
1 kg de charque
1 kg de carne bovina
5 dentes de alho moídos
200g de cebola
200g de tomate
3 pimentões
50 ml de óleo
5 ramos de hortelã
1 colher (sopa) de pimenta-do-reino
3 folhas de louro
1 colher (sopa) de óleo
100g de camarões secos inteiros
sal a gosto
Modo de fazer:
Corte as carnes e retire o sal. Refogue em óleo o bacon e o charque. Pronto o
refogado coloque alho, cebola, tomate, pimentão cortado, os demais condimentos e
a carne bovina. Quando a carne estiver pré-cozida, acrescente os quiabos cortados
em rodelas, o camarões secos inteiros e um pouco de água para cozinhar. Sirva
com arroz.
Rendimento 15 porções. (VEIGA, 2002)
Nesta última é importante chamar a atenção para a presença do quiabo, um
elemento tipicamente africano que foi trazido pelos portugueses numa preparação que
mais uma vez não vai o azeite de dendê.
É digno de nota observar que a culinária afro-baiana é uma das mais apreciada em
todo estado, sendo assim percussora das manifestações culturais diversas. Apesar das
discussões recentes sobre o tema do cardápio afro-baiano, se assim podemos chamar,
ainda é comum ver estudiosos reduzir a comida afro-baiana pratos como o caruru e o
acarajé. Para isso pode-se lembrar que há doces como a amoda, cocada, o cuscuz de
vários tipos, ao lado de pamonhas e outras iguarias, todas elas feitas inicialmente pelas
mãos africanas. Entende-se feitas como algo que se este não criou ao menos dominou a
técnica ou simplesmente melhorou o paladar ou popularizou esta comida.
Esta comida que se espalhou por todo Estado e que na atualidade vem se
prestando a curiosas alternativas ou soluções culinárias, a exemplo do que vem
acontecendo com as comidas servidas no tabuleiro ou daquelas que migraram do
tabuleiro para os carrinhos.

e O GRau de ardência das pimentas...

NOMEUNIDADE SCOVILLE° ARDÊNCIA

E essa comida Baiana heim?

Muitas são as imagens formuladas em torno da chamada ¨cozinha baiana¨, dentre
elas, a de ser uma das mais apreciadas do Brasil. Ela é importante pela excelência de
cada prato que possui dentro de um universo gastronômico de variedades. Degustar ou
preparar qualquer receita do cardápio baiano é uma festa para o paladar, o olfato e a
visão. A constituição dessa cozinha vai muito além das influências indígenas, africanas e
portuguesas. Ela teve um contato também com outras civilizações como os romanos e
árabes. Isso pode ser expresso, por exemplo, pela utilização de alguns ingredientes.
A cebola, por exemplo, era um ingrediente de uso comum na época dos romanos,
sempre aliado à pimenta (vinda da Índia). Vale também assinalar que como sugere Vilson
Caetano em seu livro O Banquete Sagrado , desde cedo algumas civilizações africanas
utilizavam a cebola como símbolo do mundo (SOUSA.JUNIOR, 2009). Atualmente, estes
ingredientes se tornaram primordiais no preparo de algumas iguarias baianas. Dos
árabes foram herdadas diversas formas de temperar, a exemplo do o uso do alho, da
canela, do cravo-da-índia e do gengibre, outro elemento que se popularizou pelas mãos
dos africanos. Além do hábito de usar insumos à base de amido para engrossar caldos
de guisados. No Brasil, estes caldos serão acrescidos de farinha de milho, o que por
alguns autores sugerem que este é um dos primeiros indícios do que vem a ser o angu.
( RADEL, 2009)
Foi herdado dos índios, a cozinha de produtos naturais , à base de pescados,
caças, mandioca, batata doce e frutas. Radel fala do costume de fazer farinha de tudo
que lhes chegavam às mãos, uma vez que eles faziam farinha de carnes de caça secas, e
de arroz, quando o conheceram. No entanto, era a farinha de mandioca que fornecia a
energia necessária para a sua sobrevivência.(RADEL, 2009). Porém não utilizavam sal,
ou nem um outro tipo de condimento, assinala o autor.
Sobre a utilização da farinha de mandioca como base alimentar no Brasil colônia,
vale citar os trabalhos de Sheila Moura Hue, Delícias do descobrimentos , e o de Paula
Pinto e Silva Farinha, Feijão e carne-seca.
Os portugueses trouxeram para o Brasil, ouvinos, caprinos e bovinos, além do
arroz e da cana-de-açúcar, planta que Gilberto Freyre dedicou relevante tempo de sua
pesquisa em seu livro Açúcar . O costume de salgar os alimentos, as técnicas de fritar e
guisar, conforme Guilherme Radel, foi outra contibuição trazida pelos portugueses que
implantou inicialmente pequenas variações, mas, ao fim do primeiro século da sua vinda,
já era enorme a sua adaptação ás condições locais.(RADEL, 2009 , p. 67)
Juntam-se a estas contribuições, técnicas e produtos que não paravam de chegar
do continente africano ou eram popularizadas pela população de origem africana que aqui
faziam-se presente. Isso nos permite falar numa cozinha num sentido mais amplo:
Ao falarmos numa cozinha africana, entendemos um conjunto de técnicas, maneiras
ou formas de preparar, trazida pelas diversas etnias africanas introduzidas aqui no
Brasil entre as quais destaca-se o uso da pimenta, da folha de banana para enrolar
e do azeite-de-dendê, do leite de coco, ao lado de preferências como o inhame, o
quiabo, a banana [...]. (SOUSA.JUNIOR, 2009, p. 18)
Um estudo detalhado sobre esta comida foi realizado por Vivaldo da Costa Lima
para quem a chamada cozinha baiana ou simplesmente comida baiana é definida como
uma cozinha marcada geralmente pelo azeite de dendê e pelas pimentas. (LIMA, 2010, p.
35). Não obstante esta observação, o autor não deixou de chamar a atenção para pratos
onde o azeite está ausente. Melhor seria mesmo entender esta culinária como
caracterizada pelas cores fortes, pelo cheiro do azeite e de outros condimentos.
Seja qual for a influência, a chamada cozinha baiana pode ser de fato, como sugere
alguns autores, considerada, uma das mais saborosas. Esteja ela no sertão, na chapada
ou litoral, ela é importante para a caracterização da identidade alimentar do povo baiano,
ao mesmo tempo que nos permite pensar numa outra cozinha, a chamada cozinha afrobaiana..

terça-feira, 30 de julho de 2013

E assim eu inicio...

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo eu sabendo que as rosas não falam.

Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é
assim tão alegre.

Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,
dolorosa...

Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles
acabam indo embora de nossas vidas...

Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,
reconhecer e retribuir esta ajuda.

Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu
caia.

Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não
sentir o mesmo sentimento por mim...

Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,
escurecerão meus olhos...

Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois
adversários extremamente perigosos.

Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras
e deliciosas.

Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.

Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia meus braços estarão
fracos...

Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus
olhos e escorrerão por minha alma...

Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria
esforços incríveis para manter a sua harmonia.

Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR
que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e
até rejeitado.

Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno...

E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama
infinitamente, que um pequeno grão de alegria e
esperança dentro de cada um é capaz de mudar e
transformar qualquer coisa, pois....

A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO
AMOR!


(PRECE A CHICO CHAVIER)